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quinta-feira, 7 de abril de 2011

BULLYING

Cena de bullying escolar registrado no primeiro dia de aula de um aluno no Instituto Regional Federico Errázuriz,Chile.

Bullying[1] é um termo em inglês utilizado para descrever atos deviolência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.



Caracterização do bullying

No uso coloquial "acossamento",[2] ou "intimidação"[3] ou entre falantes de língua inglesa bullying é um termo frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais "fraco". O cientista sueco - que trabalhou por muito tempo em Bergen (Noruega) - Dan Olweus define bullying em três termos essenciais:[4]
  1. o comportamento é agressivo e negativo;
  2. o comportamento é executado repetidamente;
  3. o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
bullying divide-se em duas categorias:[1]
  1. bullying direto;
  2. bullying indireto, também conhecido como agressão social
bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido por meio de uma vasta variedade de técnicas, que incluem:
  • espalhar comentários;
  • recusa em se socializar com a vítima;
  • intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima;
  • ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).
bullying pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.

Características dos bullies

Pesquisas[5] indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido[6] que uma deficiência em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser particulares fatores de risco. Estudos adicionais[7] têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do bullying, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies sofram de qualquer déficit de autoestima.[8] Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas.[9] É frequentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm sua origem na infância:
"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta".[10]
bullying não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o bullying frequentemente funciona por meio de abuso psicológico ou verbal. Os bullies sempre existiram mas eram (e ainda são) chamados em português de rufias, esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões, valentões e verdugos.
Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus problemas.[11]

Tipos de bullying

Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Abaixo, alguns exemplos das técnicas de bullying:
  • Insultar a vítima;
  • Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
  • Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
  • Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os.
  • Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
  • Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
  • Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens;
  • Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
  • Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexualreligiãoetnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;
  • Isolamento social da vítima;
  • Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos etc);
  • Chantagem.
  • Expressões ameaçadoras;
  • Grafitagem depreciativa;
  • Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
  • Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.

Bullying professor-aluno

bullying pode ser praticado de um professor para um aluno. [12] [13] [14] [15] [16] [17] As técnicas mais comuns são:
  • Intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e ofendendo sua auto-estima. Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um único aluno o expondo a humilhação;
  • Assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o aluno e não com os demais. Alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas;
  • Ameaçar o aluno de reprovação;
  • Negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, expondo-o a tortura psicológica;
  • Difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e acusá-lo de atos que não cometeu;
  • Tortura física, mais comuns em crianças pequenas. Puxões de orelha, tapas e cascudos.
Tais atos violam o Estatuto da Criança e do Adolescente e podem ser denunciados em um Boletim de Ocorrêncianuma delegacia ou no Ministério Público. A revisão de provas pode ser requerida ao pedagogo ou coordenador e em caso de recusa, por medida judicial.

Locais de bullying

bullying pode acontecer em qualquer contexto no qual seres humanos interajam, tais como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho.

Escolas

Alguns meninos flagrados intimidando um colega. Instituto Regional Federico Errázuriz, Santa CruzChile.
Em escolas, o bullying geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola.[18]
Alguns sinais são comuns como a recusa da criança de ir à escola ao alegarsintomas como dor de barriga ou apresentar irritação, nervosismo ou tristeza anormais.[11]
Um caso extremo de bullying no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em IowaEstados Unidos, que foi vítima de bullying contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio". Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de DallasTexasEUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense Pearl Jam.
Na última década de 90, os Estados Unidos viveram uma epidemia de tiroteios em escolas (dos quais o mais notório foi o massacre de Columbine). Muitas das crianças por trás destes tiroteios afirmavam serem vítimas de bullies e que somente haviam recorrido à violência depois que a administração da escola havia falhado repetidamente em intervir. Em muitos destes casos, as vítimas dos atiradores processaram tanto as famílias dos atiradores quanto as escolas. Como resultado destas tendências, escolas em muitos países passaram a desencorajar fortemente a prática dobullying, com programas projetados para promover a cooperação entre os estudantes, bem como o treinamento de alunos como moderadores para intervir na resolução de disputas, configurando uma forma de suporte por parte dos pares.
bullying nas escolas (ou em outras instituições superiores de ensino) pode também assumir, por exemplo, a forma de avaliações abaixo da média, não retorno das tarefas escolares, segregação de estudantes competentes por professores incompetentes ou não-atuantes, para proteger a reputação de uma instituição de ensino. Isto é feito para que seus programas e códigos internos de conduta nunca sejam questionados, e que os pais (que geralmente pagam as taxas) sejam levados a acreditar que seus filhos são incapazes de lidar com o curso. Tipicamente, estas atitudes servem para criar a política não-escrita de "se você é estúpido, não merece ter respostas; se você não é bom, nós não te queremos aqui". Frequentemente, tais instituições (geralmente em países asiáticos) operam um programa de franquia com instituições estrangeiras (quase sempre ocidentais), com uma cláusula de que os parceiros estrangeiros não opinam quanto a avaliação local ou códigos de conduta do pessoal no local contratante. Isto serve para criar uma classe de tolos educados, pessoas com títulos acadêmicos que não aprenderam a adaptar-se a situações e a criar soluções fazendo as perguntas certas e resolvendo problemas.

Local de trabalho

bullying em locais de trabalho (algumas vezes chamado de "Bullying Adulto") é descrito pelo Congresso Sindical doReino Unido[19] como:
"Um problema sério que muito frequentemente as pessoas pensam que seja apenas um problema ocasional entre indivíduos. Mas o bullying é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente que solapa a integridade e confiança da vítima do bully. E é frequentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura da organização".

Vizinhança

Entre vizinhos, o bullying normalmente toma a forma de intimidação por comportamento inconveniente, tais como barulho excessivo para perturbar o sono e os padrões de vida normais ou fazer queixa às autoridades (tais como a polícia) por incidentes menores ou forjados. O propósito desta forma de comportamento é fazer com que a vítima fique tão desconfortável que acabe por se mudar da propriedade. Nem todo comportamento inconveniente pode ser caracterizado como bullying: a falta de sensibilidade pode ser uma explicação.

Política

bullying entre países ocorre quando um país decide impôr sua vontade a outro. Isto é feito normalmente com o uso de força militar, a ameaça de que ajuda e doações não serão entregues a um país menor ou não permitir que o país menor se associe a uma organização de comércio.

Militar

Um trote praticado nas Forças Armadas Aéreas da França, em que um cadete é suspenso por um helicóptero sobre o mar. Compiegne1997.

Em 2000 o Ministério da Defesa (MOD) do Reino Unido definiu o bullyingcomo : "…o uso de força física ou abuso de autoridade para intimidar ou vitimizar outros, ou para infligir castigos ilícitos".[20] Todavia, é afirmado que o bullying militar ainda está protegido contra investigações abertas. O caso das Deepcut Barracks, no Reino Unido, é um exemplo do governo se recusar a conduzir um inquérito público completo quanto a uma possível prática de bullying militar. Alguns argumentam que tal comportamento deveria ser permitido por causa de um consenso acadêmico generalizado de que os soldados são diferentes dos outros postos. Dos soldados se espera que estejam preparados para arriscarem suas vidas, e alguns acreditam que o seu treinamento deveria desenvolver o espirito de corpo para aceitar isto.[21] Em alguns países, rituais humilhantes entre os recrutas têm sido tolerados e mesmo exaltados como um "rito de passagem" que constrói o caráter e a resistência; enquanto em outros, o bullyingsistemático dos postos inferiores, jovens ou recrutas mais fracos pode na verdade ser encorajado pela política militar, seja tacitamente ou abertamente (veja dedovschina). Também, as forças armadas russas geralmente fazem com que candidatos mais velhos ou mais experientes abusem - com socos e pontapés - dos soldados mais fracos e menos experientes..[22]

Alcunhas ou apelidos (dar nomes)

Normalmente, uma alcunha (apelido) é dada a alguém por um amigo, devido a uma característica única dele. Em alguns casos, a concessão é feita por uma característica que a vítima não quer que seja chamada, tal como uma orelha grande ou forma obscura em alguma parte do corpo. Em casos extremos, professores podem ajudar a popularizá-la, mas isto é geralmente percebido como inofensivo ou o golpe é sutil demais para ser reconhecido. Há uma discussão sobre se é pior que a vítima conheça ou não o nome pelo qual é chamada. Todavia, uma alcunha pode por vezes tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá de se mudar (de escola, de residência ou de ambos).

Legislação

No Brasil, a gravidade do ato pode levar os jovens infratores à aplicação de medidas sócio-educativas.[11]De acordo pelo código penal brasileiro, a negligência com um crime pode ser tida como uma coautoria.[11] Na área cívil, e os pais dos bullies podem, pois, ser obrigados a pagar indenizações e podem haver processos por danos morais.[11]
A legislação jurídica do estado brasileiro de São Paulo define bullying como atitudes de violência física ou psicológica, que ocorrem sem motivação evidente praticadas contra pessoas com o objetivo de intimidá-las ou agredi-las, causando dor e angústia. [23]
Os atos de bullying configuram atos ilícitos, não porque não estão autorizados pelo nosso ordenamento jurídico, mas por desrespeitarem princípios constitucionais (ex: dignidade da pessoa humana) e o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. A responsabilidade pela prática de atos de bullyingpode se enquadrar também no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram nesse contexto.[24]
No estado brasileiro do Rio de Janeiro, uma lei estadual sancionada em 23 de setembro de 2010 institui a obrigatoriedade de escolas públicas e particulares notificarem casos de bullying à polícia.[25] Em caso de descumprimento, a multa pode ser de três a 20 salários mínimos (até R$ 10.200) para as instituições de ensino.[25]
Na cidade brasileira de Curitiba todas as escolas têm de registrar os casos de bullying em um livro de ocorrências, detalhando a agressão, o nome dos envolvidos e as providências adotadas.[3]

Condenações legais

Dado que a cobertura da mídia tem exposto o quão disseminada é a prática do bullying, os júris estão agora mais inclinados do que nunca a se simpatizarem com as vítimas. Em anos recentes, muitas vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os agressores por "imposição intencional de sofrimento emocional", e incluindo suas escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta. Vítimas norte-americanas e suas famílias têm outros recursos legais, tais como processar uma escola ou professor por falta de supervisão adequada, violação dosdireitos civisdiscriminação racial ou de gênero ou assédio moral.
No Brasil
Uma pesquisa do IBGE realizada em 2009 revelou que quase um terço (30,8%) dos estudantes brasileiros informou já ter sofrido bullying, sendo maioria das vítimas do sexo masculino. A maior proporção de ocorrências foi registrada em escolas privadas (35,9%), ao passo que nas públicas os casos atingiram 29,5% dos estudantes.[26]
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com 5.168 alunos de 25 escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. Entre todos os entrevistados, pelo menos 17% estão envolvidos com o problema - seja intimidando alguém, sendo intimidados ou os dois. A forma mais comum é a cibernética, a partir do envio de e-mails ofensivos e difamação em sites de relacionamento como o Orkut.[27]
Em 2009, uma pesquisa do IBGE apontou as cidades de Brasília e Belo Horizonte como as capitais brasileiras com maiores índices de bullying, com 35,6% e 35,3%, respectivamente, de alunos que declararam esse tipo de violência nos últimos 30 dias.[28]
Casos célebres
Na Grande São Paulo, uma menina apanhou até desmaiar por colegas que a perseguiam[29] e em Porto Alegre um jovem foi morto com arma de fogo durante um longo processo de bullying.[30]
Em maio de 2010, a Justiça obrigou os pais de um aluno do Colégio Santa Doroteia, no bairro Sion de Belo Horizonte a pagar uma indenização de R$ 8 mil a uma garota de 15 anos por conta de bullying[31]. A estudante foi classificada como G.E. (sigla para integrantes de grupo de excluídos) por ser supostamente feia e as insinuações se tornaram frequentes com o passar do tempo, e entre elas, ficaram as alcunhas de tábuaprostitutasem peito e sem bunda.[32][33] Os pais da menina alegaram que procuraram a escola, mas não conseguiram resolver a questão. [34][35]O juiz relatou que as atitudes do adolescente acusado pareciam não ter "limite" e que ele "prosseguiu em suas atitudes inconvenientes de 'intimidar'", o que deixou a vítima, segundo a psicóloga que depôs no caso, "triste, estressada e emocionalmente debilitada"[36]. O colégio de classe média alta não foi responsabilizado.[36]
Na USP, o jornal estudantil O Parasita ofereceu um convite a uma festa brega aos estudantes do curso que, em troca, jogassem fezes em um gay.[37][38] Um dos alunos a quem o jornal faz referência chegou a divulgar, em outra ocasião, estudantes da Farmácia chegaram a atirar uma lata de cerveja cheia em um casal de homossexuais, que também era do curso, durante o tradicional happy hour de quinta-feira na Escola de Comunicações e Artes da USP. Ele disse que não pretende tomar nenhuma providência judicial contra os colegas, embora tenha ficado revoltado com a publicação da cartilha. [38]
Também em junho de 2010, um aluno de nona série do Colégio Neusa Rocha, no Bairro São Luiz, na região daPampulha de Belo Horizonte foi espancado na saída de seu colégio, com a ajuda de mais seis estudantes armados com soco inglês.[39] A vítima ficou sabendo que o grupo iria atacar outro colega por ele ser "folgado e atrevido", sendo inclusive convidada a participar da agressão.[40]
Em entrevista ao Estado de Minas, disse: Eles me chamaram para brigar com o menino. Não aceitei e fui a contar a ele o que os outros estavam querendo fazer, como forma de alertá-lo. Quando a dupla soube que contei, um deles colocou o dedo na minha cara e me ameaçou dentro de sala, durante aula de ciências. Ele ainda ligou, escondido, pelo celular, para outro colega, que estuda pela manhã, e o chamou para ir à tarde na escola.[41]
Durante 2010, Bárbara Evans, filha de Monique Evans e estudante da Universidade Anhembi Morumbi (onde cursa o primeiro ano de Nutrição), em São Paulo, entrou na Justiça com um processo de bullying realizado por seus colegas.[42] No dia 12/06/2010, um sábado à noite, o muro externo do estacionamento do campus Centro da referida Universidade foi pichado com ofensas a ela e a sua mãe.[43]
Em recente caso julgado no Rio Grande do Sul (Proc. nº 70031750094 da 6ª Câmara Cível do TJRS), a mãe do bulliefoi condenada civilmente a pagar indenização no valor de R$ 5 mil (cinco mil reais) à vítima. Foi um legítimo caso decyberbullying, já que o dano foi causado por meio da Internet, em fotolog (flog) hospedado pelo Portal Terra. No caso, o Portal não foi responsabilizado, pois retirou as informações do ar em uma semana. Não ficou claro, entretanto, se foi uma semana após ser avisado informalmente ou após ser judicialmente notificado.[44]
Alguns casos de bullying entre crianças têm anuência dos próprios pais, como um envolvendo um garoto de 9 anos dePetrópolis. A mãe resolveu tirar satisfação com a criança que constantemente agredia seu filho na escola e na rua, mas o pai do outro garoto, em resposta, procurou a mãe do outro garoto chamado de "boiola" e "magrelo". Ela foi empurrada em uma galeria, atingida no rosto, jogada no chão e ainda teve uma costela fraturada. O caso registrado em um vídeo foi veiculado na internet e ganhou os principais jornais e telejornais brasileiros.[45][46]
Em 2011, a 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou uma escola privada a pagar indenização a uma vitima de bullying. [47]

Referências

  1.  O que é Bullying? em bullying.com.br
  2.  Bullying em inglês, acoso em espanhol. O que é em português?
  3. ↑ a b Folha de S.Paulo. (22 de março de 2011). Escolas anotam bullying em "livro negro", Caderno Cotidiano
  4.  Student Reports of Bullying, Resultados do 2001 School Crime Supplement to the National Crime Victimization Survey, US National Center for Education Statistics
  5.  The Harassed Worker, Brodsky, C. (1976), D.C. Heath and Company, Lexington, Massachusetts.
  6.  Petty tyranny in organizations , Ashforth, Blake, Human Relations, Vol. 47, No. 7, 755-778 (1994)
  7.  Bullying and emotional abuse in the workplace. International perspectives in research and practice, Einarsen, S., Hoel, H., Zapf, D., & Cooper, C. L. (Eds.)(2003), Taylor & Francis, London.
  8.  Bullies and their victims: Understanding a pervasive problem in the schools, Batsche, G. M., & Knoff, H. M. (1994) School PSYCHOLOGY REVIEW, 23 (2), 165-174. EJ 490 574.
  9.  Areas of Expert Agreement on Identification of School Bullies and Victims, Hazler, R. J., Carney, J. V., Green, S., Powell, R., & Jolly, L. S. (1997). School Psychology International, 18, 3-12.
  10.  Anti-Bullying Center Trinity College, Dublin.
  11. ↑ a b c d e UOL Educação. (24 de março de 2011). Bullying: identifique se o seu filho é vítima desse tipo de intimidação, acesso em 24 de março de 2011
  12.  Ellen deLara; Garbarino, James. And Words Can Hurt Forever: How to Protect Adolescents from Bullying, Harassment, and Emotional Violence. [S.l.: s.n.].
  13.  Whitted, K.S. (2005). Student reports of physical and psychological maltreatment in schools: An under-explored aspect of student victimization in schools. University of Tennessee.
  14.  (2007) "Do Teachers Bully Students?: Findings From a Survey of Students in an Alternative Education Setting".Education and Urban Society 40: 329. DOI:10.1177/0013124507304487.
  15.  Bullying by Teachers.
  16.  Bullying educacional: terror contra a sabedoria.
  17.  Bullying: Definição e critérios para identificação.
  18.  [http://revistaescola.abril.com.rjyfbyfvbtebgtgbdegvtrt rafaela ! carlos dããã~ br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-preciso-levar-serio-431385.shtml NOVA ESCOLA - REPORTAGEM - Bullying: é preciso levar a sério ao primeiro sinal]
  19.  Bullied at work? Don't suffer in silence in Trades Union Congress - TUC.
  20.  The Values and Standards of the British Army – A Guide to Soldiers, Ministry of Defence, GB, Março de 2000, parágrafo 23.
  21.  Social Psychology of the Individual Soldier, Jean M. Callaghan e Franz Kernic, 2003, Armed Forces and International Security: Global Trends and Issues, Lit Verlag, Munster
  22.  a global problem, BBC, GB, segunda-feira, 28 de novembro de 2005.
  23.  Vítima de bullying não sabe por que apanhou, e mãe diz que ela podia morrer (ao final do texto), acessado em20 de maio de 2010
  24.  CALHAU, Lélio Braga. Bullying: o que você precisa saber. RJ, Impetus, 2009, p. 21-36.
  25. ↑ a b D'Angelo, Rafael. (23 de setembro de 2010). Lei torna obrigatória a notificação de casos de bullying no Rio.O Globo, acesso em 16 de outubro de 2010
  26.  IBGE. (18 de dezembro de 2009). IBGE revela hábitos, costumes e riscos vividos pelos estudantes das capitais brasileiras, acesso em 16 de outubro de 2010
  27.  Humilhações afetam mais alunos de 5ª e 6ª séries - Folha de S.Paulo, 15 de abril de 2010 (visitado em 15-4-2010)
  28.  Teixeira, Tâmara. (21 de maio de 2010). [Acusado de bullying vai recorrer de condenaçãohttp://otempo.com.br/otempo/noticias/?IdEdicao=1667&IdCanal=6&IdSubCanal=&IdNoticia=141597&IdTipoNoticia=1]. Jornal O Tempo, acesso em 21 de maio de 2010
  29.  G1 > Edição São Paulo - NOTÍCIAS - Vítima de bullying não sabe por que apanhou, e mãe diz que ela podia morrer. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
  30.  Jovem é morto devido a suposto caso de bullying em Porto Alegre - educacao - Estadao.com.br. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
  31.  G1 - Psicóloga foi testemunha em caso de bullying que gerou indenização - notícias em Vestibular e Educação. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
  32.  Garoto multado por bullying xingou vítima de "prostituta" - Terra - Comportamento. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
  33.  Aluno terá de pagar R$ 8 mil por bullying - vida - Estadao.com.br. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
  34.  Condenado por bullying. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
  35.  http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?ID=304601
  36. ↑ a b Peixoto, Paulo. (20 de maio de 2010). Justiça condena pais de aluno por bullying. Caderno CotidianoFolha de S.Paulo
  37.  G1 - Jornal de alunos de farmácia da USP pede para jogar fezes em gays - notícias em São Paulo. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
  38. ↑ a b Publicação da USP que incitou violência a homossexuais pede desculpas por - Guia do Estudante. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
  39.  Bullying acaba em agressão e caso vai parar na delegacia O Tempo, Acessado em 26 de junho de 2010
  40.  Bullying acaba em agressão e caso vai parar na delegacia O Tempo, Acessado em 26 de junho de 2010
  41.  Bullying em Belo Horizonte Acessado em 26 de junho de 2010
  42.  http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1602352-9798,00-MONIQUE+EVANS+QUER+QUE+PICHADOR+PAGUE+TERAPIA+PARA+BARBARA+EVANS.html
  43.  http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/barbara-evans-filha-monique-evans-vitima-bullying
  44.  Inédita condenação por "bullying" no RS
  45.  Bom Dia Brasil. (15 de outubro de 2010). Pais se agridem em shopping no RJ após os filhos brigarem na escola, acesso em 16 de outubro de 2010
  46.  Italiani, Rafael. (16 de outubro de 2010). Agressão de crianças vira briga de paisAgora São Paulo, acesso em 16 de outubro de 2010
  47.  http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/instituto-millenium/2011/04/01/justica-do-rio-condena-colegio-por-bullying

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