Quando um dos parceiros é muito ciumento não adianta dar tempo ao tempo, porque a relação não vai melhorar
Sempre que algum dos parceiros se sentir invadido, o melhor é conversar e explicar os sentimentos
"Logo que houver alguma situação que você não gostar ou se sentir invadido, pare para conversar e explicar seus sentimentos", recomenda. Até porque, continua, o ciumento tende a achar que suas atitudes são para preservar a relação. Uma dica: assim que sentir aquela vontade incontrolável de fuxicar as coisas do seu parceiro, respire fundo e faça outra coisa.
Ciúme exagerado é sinal de insegurança
O psicólogo Thiago explica que há duas formas de agir do ciumento. A primeira delas é a protecionista, na qual a pessoa ciumenta acha que o outro está se afastando e redobra os cuidados para não perdê-lo. "Ela passa a se cuidar mais, fazer academia, e fica loira se o parceiro gostar de loiras, por exemplo", afirma.
Já o retaliador tem outra forma de expressar o ciúme. "Ele vai checar por que o namorado ou namorada não está atendendo ao telefone, vai até a casa da companheira e a revista, certo de que vai encontrar algo comprometedor", explica Almeida. O ciumento é dominado por um sentimento de posse, afirma a psicóloga Olga. "Quem ama quer ver o ser amado feliz", atesta.
Terapia ajuda
A terapia pode ser o único recurso para alguns ciumentos, segundo explica a psicóloga, pesquisadora e escritora Olga Tessari, autora do livro "Dirija Sua Vida Sem Medo - Caminhos para Solucionar os Seus Problemas". "Chega o momento em que ele mesmo busca ajuda, quando percebe que está afastando de si todas as pessoas que se preocupam com ele", conta. Mas o mais comum é o outro lado pressioná-lo a procurar tratamento.
"Há casos em que somente conversar não resolve. A terapia é a melhor forma de a pessoa acordar e ver que pode tentar ser melhor", explica. Olga teve um paciente cuja esposa pediu o divórcio após não suportar o ciúme do parceiro. "Ele tentava mudar, e até contava na agenda quantos dias ficava bom: 20. Depois, voltava tudo", afirma.
Nas sessões, a psicóloga conta que busca aumentar a autoestima do paciente e fazê-lo lidar com alguma mágoa passada que tenha forjado essa característica na personalidade dele. Ela trabalha com a abordagem comportamental cognitiva, focada no problema. Por isso, conversa para descobrir por que ele age de tal forma.
"A gente pede para o paciente listar aquilo que gosta de fazer, e contrastar com o que faz no dia a dia. Geralmente, ele percebe que muito do que faz diz respeito ao que o outro gosta", afirma. "Mostro que ele tem que se amar em primeiro lugar, para depois amar alguém", conclui a especialista. (Fonte: PortalVital/Unilever)
Nenhum comentário:
Postar um comentário