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sábado, 26 de março de 2011

Animais, sem acompanhamento, passeio torna-se perigo



Animais com donos e livre acesso à rua correm riscos de atropelamentos, brigas e doenças



Uma das maiores discussões entre os proprietários de gatos é deixá-los sair ou não para passear pelas redondezas. Os favoráveis alegam que os animais precisam conviver com outros, fazer exercício e seria maldade deixá-los presos. Os contrários alegam que uma simples voltinha pode sair caro para o dono e para o bichano. Atropelamento, doenças, brigas são alguns dos perigos que podem fazer a conta do veterinário ficar bem cara, além do sofrimento do animal.

A dona de casa Aparecida de Almeida Silva e a filha Maria Izabel da Silva convivem com cinco gatos e quatro cães, todos com acesso à rua. ''As cachorras saem durante o dia, mas sempre sob nossa supervisão. Os gatos têm trânsito livre'', confessa Cida.

Apesar da rua onde moram ser tranquila, não muito longe dali o trânsito é intenso e as cachorras às vezes correm para a vizinhança. ''A gente tem medo de atropelamento, mas acho que os animais precisam dessa convivência'', justifica Isabel. Segundo ela, um dos gatos já voltou para casa com a orelha machucada por causa de briga. ''O Totó (gato) saiu outro dia, levou um susto com alguma coisa que não vi e agora não quer mais sair de casa'', conta.

Elas dizem saber das doenças a que os animais estão sujeitos, mas mesmo assim os deixam passear. Três dos gatos já foram castrados e agora falta um casal, que já está na fila. As vacinas não são dadas, mas pretendem fazer a imunização contra a raiva. ''Com a castração acho que uma parte das doenças já será evitada e não vão aparecer montes de gatinhos que não teremos como criar'', justifica Isabel.

Traumas físicos

Professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Patrícia Mendes Pereira alerta que deixar animais soltos na rua é extremamente perigoso, pelo risco que eles podem oferecer a outras pessoas e aos acidentes que podem sofrer. ''A maioria dos casos que atendemos no Hospital Veterinário é de animais que sofreram traumas por atropelamento, principalmente animais mais velhos ou filhotes.''

A veterinária alerta que alguns cães também são agredidos. Geralmente porque são de grande porte, as pessoas ficam com medo de serem mordidas e acabam batendo no animal. Entre os gatos, um grande problema é a briga, principalmente os machos quando estão disputando território ou alguma fêmea. ''Eles voltam depois de dois ou três dias, machucados e magros.''

Mesmo nos passeios de coleira os cães podem se contaminar, por isso é fundamental a vacinação. Patrícia alerta que o único profissional apto a aplicar as doses e a fazer um plano de vacinação é o médico veterinário. ''Apenas ele vai poder fazer um exame minucioso no animal e saber se pode ou não receber a vacina. Se o pet já estiver com a saúde comprometida, a vacina pode não fazer efeito e o animal ficará doente depois'', alerta. Coleiras ou remédios contra pulgas e carrapatos ajudam a afastar risco de doenças.

Tratamento longo e doloroso
Menina vivia em uma praça na Vila Casoni (Área Central). Os moradores da região se revezavam nos cuidados com ela. Uma dessas cuidadoras um dia notou um inchaço na região genital e achou que ela estava no cio. Algum tempo depois, a cachorra estava prenhe. Como os filhotes demoraram a nascer, ela foi levada ao veterinário, onde constatou-se que os filhotes estavam mortos. A cadela foi diagnosticada com tumor venéreo transmissível (TVT). 

Voluntária da ONG SOS Vida Animal e do Grupo de Apoio a Protetores (GAP), Fernanda Torres recebeu Menina para lar temporário, durante o tratamento. Como a doença é altamente contagiosa, a cachorrinha teve que ficar presa em um banheiro, para não contaminar os animais de Fernanda. 

A voluntária conta que foram feitas primeiramente oito sessões de quimioterapia, que não apresentaram resultado. Depois foram feitas mais oito sessões quimioterápicas com outro medicamento. ''A cada sessão era necessário fazer um exame de sangue e das células, para acompanhar a evolução do tratamento, por isso o custo total é muito caro. O medicamento também tem que ser utilizado todo de uma vez depois do frasco aberto. Devido ao tamanho dela não usavámos todo o vidro e este não podia ser reaproveitado.'' 

Ela conta também que a cachorrinha precisou usar fraldas, por causa do sangramento causado pelo tumor, além de vitaminas e ração especial. ''No final ainda precisou ser feita uma cirurgia para extração do tumor e reconstrução da vulva. Os proprietários precisam saber que só do animal cheirar outro pode ficar doente. Por isso o perigo em o animal andar solto por aí'', finaliza. (E.G.)
Veterinária alerta para riscos
A médica veterinária Patrícia Mendes alerta que as doenças infecciosas também são motivo para os animais não irem para as ruas. Cinomose, parvovirose, tumor venéreo transmissível (TVT) são algumas das doenças que podem acometer os cães. Os gatos podem sofrer com a Imunodeficiência Felina (Aids felina), peritonite infecciosa felina, leucemia e rinotraqueíte. 

''Para algumas dessas doenças existem vacinas disponíveis, outras, infelizmente, são fatais ou o animal terá que conviver com ela'', alerta. ''A parvovirose atinge filhotes até os sete meses, principalmente, e é bem difícil conseguirmos salvar o animal. A cinomose é fatal na maioria dos casos'', explica. 

As doenças dos gatos são transmitidas por arranhões e mordidas durante as brigas, ou ainda durante o contato sexual, como a leucemia e a aids. Castrar os animais, segundo a veterinária, pode ajudar um pouco já que evita que ele queira sair em busca de parceiros sexuais e briguem. ''Mas é fundamental na medida que evita a reprodução sem controle, o que aumenta o número de animais abandonados. Algumas doenças como câncer de mama e infecção no útero são evitadas com a castração'', ressalta. (E.G.)



SAIBA MAIS
Doenças que acometem cães: 

Raiva - Enfermidade infectocontagiosa aguda, sempre fatal, caracterizada principalmente por sinais nervosos ora apresentados por agressividade, ora por paresia e paralisia 

Parvovirose- Enfermidade infectocontagiosa vírica. Causa febre, apatia, perda de apetite, vômitos e diarreia sanguinolenta; apresenta alta mortalidade 

Cinomose - Doença viral multissistêmica, altamente contagiosa que atinge os cães, não transmissível ao homem. Manifesta-se principalmente por febre, coriza aguda, bronquite, pnemonia severa, gastrenterite e sinais de comprometimento do sistema nervoso central 

Parainfluenza - É um dos agentes causadores da chamada ''tosse dos canis''. O vírus, não contagioso ao homem, causa uma tosse sem catarro, com febre baixa ou ausência dela. A associação de outros agentes é comum e pode causar um quadro mais severo, como perda de apetite, apatia, tosse dolorosa e febre alta 

Hepatite Viral Canina - O vírus atinge o fígado e outros órgãos, especialmente os rins. Os sinais clínicos incluem febre, diarreia, apatia, inapetência, vômitos amarelo-esverdeados, e, em uma pequena porcentagem de cães, alteração na cor dos olhos 

Coronavírus - Doença contagiosa aguda dos cães, causada por um vírus. Causa diarreia de severidade variável 

Tosse dos Canis - Doença de fácil transmissão entre cães de todas as idades. Resulta da inflamação das vias aéreas superiores (traqueobronquite). O animal apresenta tosse seca que pode ser seguida de ânsia ou vômito e anorexia parcial. Pode evoluir para broncopneumonia e ser fatal em filhotes e idosos 

Doenças que acometem gatos: 

Rinotraqueíte - Altamente contagioso, ocorrendo principalmente em filhotes entre um e três meses de idade. Os sintomas incluem conjuntivite, lacrimejamento, espirro, tosse e rinite serosa, anorexia, febre e apatia 

Imunudeficiência Felina - Esse vírus que ataca os linfócitos T. possui um período latente assintomático prolongado, pode se estender por anos, que resulta na síndrome de imunodeficiência caracterizada por infecção crônica e recorrente. A mordedura é o principal modo de infecção do vírus 

Leucemia Felina - Importante morbidade e mortalidade nos gatos domésticos. Sua transmissão se dá principalmente pela saliva 

Panleucopenia Felina - Enfermidade infectocontagiosa aguda, febril. Os sintomas são caracterizados por apatia, anorexia, febre alta, vômito e diarreia 

Fonte: guiadosanimais.com.br



Érika Gonçalves 
Reportagem Local


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