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sábado, 10 de outubro de 2015

Corrupção sem fronteiras


por Débora Bergamasco
Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no Petrolão revelou em sua delação a existência de um propinoduto envolvendo autoridades do Brasil e a Argentina. Os depoimentos do delator apresentam alguns poucos personagens novos, mas expandem a ligação de nomes já conhecidos da Operação Lava Jato com esquemas ainda inéditos. A colaboração premiada, fechada com a Procuradoria Geral da República, ainda não foi homologada pelo STF.
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Fome zero, apetite dez 
Depois das delações de Baiano, o apelido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, entre investigadores virou “Guloso”. Também brincam com seu sobrenome do meio, “Cosentino”. O mesmo de Nicola, afastado do governo Berlusconi por ligação com máfia italiana. Nada a ver. Tem muito Consentino “buona gente”.
Princípio da isonomia 
Enquanto o procurador-geral, Rodrigo Janot, trabalha para encarcerar gente graúda, também defende direito de presos. Despachou que
a remuneração dos detentos que trabalham sejam de ao menos um salário mínimo e não de 3/4 dele, como defende a Presidência.
Princípio da isonomia 
Enquanto o procurador-geral, Rodrigo Janot, trabalha para encarcerar gente graúda, também defende direito de presos. Despachou que
a remuneração dos detentos que trabalham sejam de ao menos um salário mínimo e não de 3/4 dele, como defende a Presidência.
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Contra chicanas
O ministro do STF Edson Fachin aprontou Projeto de Lei para tentar evitar que ações protelatórias de advogados causem prescrição de pena – o que é expediente para impunidade. O senador Álvaro Dias, de quem ele é amigo, abraçou a causa e protocolou o PL.
Fotossíntese
Aliás, Álvaro Dias, há tempos descontente com o PSDB do Paraná, abandonou as conversas com o PSB porque alguns parlamentares ainda apoiam o governo. Engatou agora negociação com o PV. Se conseguir arrebatar mais quatro senadores, junta-se aos verdes.
Poderoso chefão 
A derrota do governo no TCU acendeu um alerta no Planalto. Avalia-se que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderia ter influenciado ao menos três votos no Tribunal de Contas. Mas não teria agido pela aprovação das contas deliberadamente para que o Congresso fique com Dilma nas mãos.
Poderoso chefão 2 
Com a derrota do governo no TCU, o ex-presidente Lula disse a interlocutor de Dilma estar preo­cupado com o PMDB e a fragilidade da adesão dos aliados, mesmo após a reforma. Sem eles, um eventual impeachment fica mais perto.
Oferendas
Em meio à pressão após a Parceria Transpacífica (TPP), maior acordo comercial da história, o Brasil espera, nos próximos dias, a apresentação das ofertas para selar o pacto entre Mercosul e União Europeia. Ao contrário de outras tentativas frustradas, o bloco sulamericano apresentará dessa vez amplas concessões no setor industrial. Serão ofertas de mercado que vão desde a produção de têxteis, calçados até a indústria química. Em contrapartida, espera-se que os europeus ofereçam mais espaço para os bens agrícolas. Contam, em especial, que a França diminua o protecionismo aos produtos lácteos.
Tapete persa
O governo brasileiro costura parceria com o Irã. Quer vender equipamentos médicos, máquinas, manufaturados e têxteis. Desde a diminuição das sanções econômicas, os iranianos viraram mercado alvo. Ministros brasileiros e mais de 30 representantes de empresas nacionais embarcam para Teerã dia 27. E tentam uma viagem de Dilma Rousseff ao Oriente Médio.
Toma lá dá cá
DEPUTADO FEDERAL MARCUS PESTANA (PSDB-MG)
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ISTOÉ – Eduardo Cunha deve ser afastado da presidência da Câmara?
Pestana –
 Democracia é presunção de inocência e amplo direito de defesa. Qualquer um que cometer crime tem que ser punido
ISTOÉ – Há vários parlamentares implicados na Lava Jato. Acha que devem perder posições de comando em comissões?
Pestana – 
Não existe meio deputado e meio senador. Ou o parlamentar está no exercício pleno do seu mandato e pode exercer todas as prerrogativas regimentais ou, se houver motivos para afastamento, cabe questionar o próprio mandato.
ISTOÉ – O sr. fala sobre cassação?
Pestana – 
Se não serve para ser presidente de qualquer coisa, não serve para ser deputado.
Rápidas
* Está forte a pressão entre filiados e autoridades do PSDB para que a sigla coloque logo na rua uma nova pesquisa de opinião nacional. Não só para avaliar o governo Dilma Rousseff, mas também para testar nomes tucanos no atual cenário.
* Senadores estão chamando de “demagogos” os colegas que propõem reduzir o próprio salário em 10% para apoiar o ajuste fiscal. Os autores da “demagogia” são Gleisi Hoffmann, José Pimentel, Vanessa Grazziotin e Randolfe Rodrigues.
*Integrantes do PCdoB, mais fiel à presidente Dilma no Congresso, estão irritados com estudo do Ipea sobre os ocupantes de cargos de confiança com filiação partidária. PSDB e DEM possuem 6% cada um do total de servidores nessa situação. PCdoB, 5%.
*Nenhum parlamentar do PMDB está na lista dos mais votados do Prêmio Congresso em Foco. O PT também não vai bem aos olhos da população: apenas dois congressistas levarão prêmio.
Retrato falado
O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, defende que a atual crise política/econômica pode ser o ambiente ideal para unir as fra- tricidas situação e oposição. Juntos, ver onde há consenso e promover mudanças “há muito tempo adiadas, por conta da bonança que o Brasil vivia”. Fala sobre reformas previdenciária, tributária e política. Como diria Augusto dos Anjos: vão-se sonhos nas asas da Des–crença, voltam sonhos nas asas da Esperança
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É logo ali
O PSDB tem plano para retomar o governo de Minas Gerais, berço do senador Aécio Neves, possível candidato à sucessão de Dilma. Primeiro: lançar candidato próprio à prefeitura de BH com apoio do atual alcaide, Márcio Lacerda (PSB). Se ele não topar, romperá a aliança. Semana passada houve jantar de Aécio com lideranças locais para discutir nomes.
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Pavão misterioso
A troca de socos entre um funcionário do Senado e o deputado Takayama (PSC-PR) só veio a público porque ocorreu diante das câmeras de segurança do Congresso. Segundo servidores, parlamentares só costumam divulgar suas brigas quando levam a melhor. E não foi o caso.
Colaborou: Fábio Brandt
Fotos: Adriano Machado 
Fonte: http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/438367_CORRUPCAO+SEM+FRONTEIRAS

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