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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

RELACIONAMENTO DIFÍCIL. O QUE FAZER?

Existem vários tipos de relacionamentos, mas um deles é extremamente inadequado a todos: o nocivo aos parceiros. Presente nas mais diversas relações, causa maus-tratos físicos e/ou emocionais. Muitas pessoas não percebem que vivenciam situações prejudiciais a si mesmas e permanecem na condição de vítimas e até se viciam nesse modo de convivência. Segundo a psicoterapeuta comportamental neurolingüista Marcelle Vecchi, os relacionamentos que causam maus-tratos físicos são aqueles que geram agressões físicas ou verbais. Já os que causam maus-tratos emocionais, muitas vezes ignorados, são aqueles que, de alguma forma ou grau diminuem o outro. “Diminuem a auto-estima, a autoconfiança, a capacidade de decisão e de escolha do outro. Isso faz com que o agredido seja e/ou se sinta menos valorizado, capaz”, diz.

Para o psicólogo e psicotera-peuta Renato Dias Martino o relacionamento nocivo é resultado de uma relação nociva. “A relação pode se estabelecer não somente entre pessoas, mas também entre pessoas e coisas (ações e substâncias). A relação nociva pode ser identificada quando impede o crescimento ou desenvolvimento do ‘eu’, ou em outras palavras a maturidade da personalidade”, explica. Ele acredita que a dificuldade na maturação emocional pode ser a origem desta modalidade patológica de relação. “Um ajuda o outro a não crescer. Poderíamos até arriscar uma ilusão de que o outro fará por mim o que na realidade eu preciso fazer.” Existem pessoas que são mais propensas que outras a relacionamentos prejudiciais. Marcelle afirma que são aquelas que incorrem em três erros básicos. O primeiro é acreditar que irão mudar o outro (começam relacionamentos crentes que com o tempo o outro mudará e passará a agir de modo diferente), com isso esquecem que a decisão de mudar ou não é do outro. “Ninguém muda ninguém, só se a própria pessoa quiser é que mudará”, afirma.

Outro erro é não se valorizar. A psicoterapeuta explica que as pessoas que possuem uma auto-imagem negativa acreditam que precisam permanecer na relação destrutiva por considerar que não encontrarão nada melhor. “Como não se valorizam como deveriam, acreditam que não conseguirão outra pessoa, se prendem ao primeiro (a) que aparece.” O terceiro erro ocorre pelo vício da mesmice. Marcelle diz que os “viciados na mesmice” percebem que o relacionamento não lhes traz benefícios mas mesmo assim permanecem nele. “Essas pessoas pensam: ‘já que estou fico’. Elas têm medo do novo, de buscar relacionamentos que realmente valham a pena.” A psicoterapeuta informa que logo ao perceber mudanças de comportamento no (a) parceiro (a) deve-se ter a iniciativa de impor limites e deixar claro o que incomoda. “Não deixe que a situação se agrave.”
Cuidado para não cair na própria ‘armadilha’
Difícil é não cair na armadilha de entrar em relacionamentos nocivos. Mesmo porque não existem receitas prontas de como se defender das armadilhas que preparamos para nós mesmos, segundo o psicólogo e psicoterapeuta Renato Dias Martino. Ele acredita que qualquer movimento que surja em direção do pensamento, do hábito de pensar, faz com que as pessoas criem recursos para evitar relações doentias. “Para não estabelecer uma relação patológica a pessoa tem de estar em dia com os próprios conflitos internos”, afirma. Para a psicoterapeuta comportamental neurolingüista Marcelle Vecchi, num relacionamento, como em qualquer outra coisa, há mudanças e as pessoas tendem a se adaptar a novas situações.

Por isso, ela lembra que pode ocorrer, por exemplo, de alguém enquanto namorado (a) se mostrar de uma forma e ao casar mudar alguns comportamentos.“Todos nós mudamos, mas aos poucos, por isso a importância de estar atento às mudanças. Avaliar se são boas ou não e dialogar a respeito destas alterações até chegar a um consenso. Não existem armadilhas, mas sim a falta de vontade de ver a realidade. Há pessoas que preferem enxergar só o que querem, não gostam de encarar a realidade de frente, não querem enxergar que o próprio relacionamento é nocivo. Preferem acreditar que está tudo bem.” Marcelle acredita que o primeiro passo para sair de relacionamentos prejudiciais é ter coragem para perceber as coisas como estão e iniciativa para agir. Ela ressalta que relacionamentos sadios são aqueles que trazem benefícios e não prejuízos.

“Se os prejuízos são maiores que os benefícios deixe claro isso para o (a) parceiro (a) e encontrem uma saída, uma mudança de atitude, com ou sem ajuda profissional. O que não pode é ficar como está. Se não encontrarem uma saída juntos,será necessário mudar de direção, ter coragem para buscar sozinho (a) o que lhe fará bem.” A maior dificuldade para romper relacionamentos nocivos é lidar com os próprios sentimentos, segundo Marcelle. “É difícil saber o que te faz permanecer e por quê. O importante é saber quais são seus medos quanto ao rompimento e o que impede de agir e buscar o que faz bem. Além disso, é fundamental saber o que faz a pessoa preferir se sentir menor. Quanto ‘menos’ a pessoa acreditar ser, mais dificuldade terá para reagir.”
Serviço:
- Marcelle Vecchi, psicoterapeuta comportamental neurolingüista, especialista em depressão, síndrome do pânico e compulsões, clínica Libertatem, fone (17) 3227-0178
- Renato Dias Martino, psicólogo e psicoterapeuta, fone (17) 3011-3866, e-mail - renatodmartino@ig.com.br

Dicas:

Como diagnosticar um relacionamento nocivo (em comparação como era antes):
:: Quando você percebe que sua capacidade de decisão diminuiu: mostra, na maioria das vezes, insegurança, e antes era senhor(a) de si mesmo
:: Quando sua capacidade de iniciativa diminuiu: antes você agia mais, hoje você é mais passiva(o), faz só as vontades dele(a)
:: Quando sua auto-estima diminuiu: antes você se valorizava mais, se arrumava mais, se gostava mais, fazia as suas vontades, e hoje não faz mais nada disso
:: Quando você se coloca sempre em segundo lugar: tudo do outro(a) é mais importante, e antes não era assim
:: Quando antes possuía mais alegria de viver, e hoje se sente indiferente
Fonte - Marcelle Vechi, psicoterapeuta comportamental neurolingüista

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