O ser humano experimenta, basicamente, três formas de amor, identificadas pelos antigos gregos como:
Eros, que está centrado na dependência dos parceiros;
Filos, que se baseia na segurança;
Ágape, o amor incondicional.
Eros, que está centrado na dependência dos parceiros;
Filos, que se baseia na segurança;
Ágape, o amor incondicional.
RELACIONAMENTO FILOS
Depois do caos inicial da atração de eros, um relacionamento que muda de forma e se torna um relacionamento de compromisso, pode cair na monotonia e continuar no "piloto automático". Em vez de separação, divórcio ou relações clandestinas, os dois parceiros se decidem por um relacionamento certo, seguro - e previsível. Isso define nosso amor como filos. Filos que dizer: passamos pelo estágio da lua-de-mel e nos tornamos mais realistas no que diz respeito ao outro. Já nos "desapaixonamos" e começamos a nos reconhecer como indivíduos novamente. Começamos a reconhecer os valores do outro e nos comprometemos a partilhar a vida. O amante do tipo filos sabe que é um ser separado da coisa que ama. A ênfase num relacionamento do tipo filos é geralmente material. A atenção está no próximo carro, numa casa maior, num
emprego melhor, nos clubes mais agradáveis. O estilo de vida é importante. E o estilo de vida que conta é o que é considerado adequado e aceito pela norma. Isso implica algumas pressões e aceitação da família, da igreja, da sociedade. O amor de filos é o tipo de amor que uma pessoa tem por um carro, por uma carreira ou por qualquer coisa pela qual ela tenha interesse, mas com a qual ela não se identifica, na medida em que quebra as barreiras do ego.
Num esforço para manter esse estilo de vida, freqüentemente as partes mais profundas do eu são suprimidas ou negadas. Os sentimentos e pensamentos mais profundos são sacrificados. Lida-se com as questões, mas num nível superficial. "Vamos manter tudo agradável, com flores, e fingir que tudo está bem." Geralmente, há respeito e verdadeira compreensão, embora não haja um conhecimento profundo do outro. Com freqüência, os parceiros vivem como estranhos, partilhando um espaço comum.Às vezes, há um sentimento de resignação, ressentimento e tédio nos relacionamentos filos. Os parceiros se falam, mas nunca conversam, olham um para o outro, mas não se vêem. Freqüentemente, você pode observar filos em ação em restaurantes, onde o casal fica de frente um para o outro, à mesa, e conversa muito pouco ou
nada, simplesmente fazendo a refeição junto, passando o tempo. Mil pensamentos podem passar pela cabeça: "Poderia ter sido diferente..." "Se ele fosse diferente..." "Se eu não tivesse renunciado à minha carreira..."
"Se nós não tivéssemos tido filhos tão cedo..." Há o sonho do "que poderia ter sido" em sua mente, acompanhado de sentimentos de amargura ou culpa com relação ao parceiro dela, por não ser o homem que ela acreditava que fosse quando se casaram. Às vezes, as razões para se manter um relacionamento são baseadas na necessidade. Precisamos manter a aprovação da família, da comunidade, da igreja, etc. Mesmo que o relacionamento possa não ser totalmente satisfatório, satisfaz em muitos níveis e talvez seja melhor do que ficar sozinho.