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terça-feira, 16 de junho de 2020

FANATISMO!

IDOLATRIA! Tema muito interessante, principalmente na atual conjuntura política. O texto abaixo, o qual não é meu, mais deixa um questionamento importante, para ser analisado e respondido internamente, e bem como, para ser aplicado em nosso dia-a-dia. Dinei FaversaniDinei Léia Faversani e Mariléia A. Fornitani Faversani.

Uma atenção toda especial deve ser dirigida à questão da idolatria, que, hoje em dia, chega até nós de forma extremamente sutil.

O termo em si não tem apenas a adoração de ídolos ou imagens de ordem religiosa, mas a devoção cega ou excessiva a alguém ou alguma coisa, convertendo-o em objetos de culto.

Vale lembrar que o amor obsessivo por bens também é uma forma de idolatria. Como exemplo, podemos citar a imensa quantidade de objetos (itens de material valioso) que costumamos guardar, mas que são desnecessários a nossa sobrevivência. Esse apego acontece de forma galopante em função de diversos aspectos: materialismo, velocidade da tecnologia, marketing e indução ao consumo, globalização, “obsolescência programada”, ansiedade e fuga entre tantas outras variáveis. Tudo isso para, ao final, descobrirmos que seríamos felizes com uma vida mais simples. É o paradoxo da vida moderna “obter mais tecnologia para ganharmos “tempo”, quando, na verdade, esta tecnologia necessita de mais tempo para ser administrada”.

Não é apenas o desejo da aquisição de bens que cria ídolos. Por vaidade, muitas pessoas veem na sua aparência física o culto a um ídolo. Homens e mulheres tornam-se obcecados com produtos de beleza e técnicas variadas de ginástica, que serviriam para torná-los mais atraentes.

Uma das grandes fraquezas da espécie humana decaída é o desejo de elevar outros seres humanos exitosos em suas áreas de atuação. Nas artes não é diferente, acontece em larga escala.

Existe uma tendência absurda de se criar uma visão turva para aqueles que acreditamos ser celebridades. Um forte desejo de colocar pessoas normais em um pedestal como objetos de adoração. No Brasil, no Egito, nos Estados Unidos como em outros lugares, estrelas desportivas, artistas de televisão, de filmes e de palco, tornaram-se bezerros de ouro.

Algumas pessoas tiveram a oportunidade de, em algum momento da vida, encontrar certa projeção e visibilidade através de seus talentos. Para elas, as portas se abriram. Erroneamente, a essas pessoas, todos os perdões são concedidos, pois são considerados quase que “entes sobrenaturais”.

Levando-se em consideração que as pessoas acreditam no que veem e não na realidade dos fatos, podemos observar num programa de TV, por exemplo, como pessoas comuns tendem a conquistar as atenções e simpatias, e, muitas vezes, a redenção permanente de qualquer deslize que venha a cometer.

Grande parte do público parece perder os limites quando se trata de adoração, amontoando-se sobre seus supostos heróis para vê-los ou tocá-los. Não podemos nos esquecer de que esses ídolos são pagos para endossar produtos às massas, movimentando grandes somas de dinheiro. Que na maioria das vezes, eles são apenas a imagem criteriosamente montada para venda e que esta imagem não condiz com a pessoa que eles realmente são em sua intimidade.

Alguns fãs tendem a cultuar celebridades de forma doentia, perdem a noção da realidade. Não se pode tirar os pés da realidade, deve-se perceber que todos são seres humanos como nós. Acordam, fazem sua higiene matinal, suas necessidades, alimentam-se etc., mas também cometem muitos deslizes como pessoas normais. Isso não quer dizer que todas as celebridades são pessoas más ou que devemos atentar para seus erros, massacrando-os por seus defeitos e desacertos. Porém, não devemos fechar os olhos, ou melhor, nos tornar cegos para o que de fato acontece.

Não é pecado apreciar o talento de alguém, porém tudo isso deve ser feito com moderação. Não é culpa da maioria das celebridades a idolatria. Certamente, trata-se de um grande teste para que eles não se deixem levar por tantos láureos e bajulações. Teste esse que alguns, infelizmente, não conseguem triunfar. É justamente neste ponto de sua carreira que começa a visão deturpada do artista, em se sentir mais do que realmente é, em desconsiderar quem o admira como outro ser humano, em se sentir imortal, onipotente e único. E este pode ser o início de seu fim, tanto na sua vida profissional quanto a pessoal.

Um fã pode muito bem admirar seus ídolos em várias áreas do entretenimento. Não há nada de errado em ter um passatempo agradável ou paixão por algum astro.

Devemos apenas nos atentar para os excessos e exageros.

Alguns pontos importantes valem ser lembrados:

Fanatismo e adoração extrema beiram a inconveniência e fogem as raias da normalidade;

O respeito deve ser observado e mantido por aqueles que são virtuosos; não se trata de hierarquia, mas sim, consideração e admiração pelo trabalho desenvolvido. O artista pode ser muito bom naquilo que faz, mas fora dos palcos pode ser uma imensa decepção;

Nunca tenha vergonha de falar de sua admiração para alguém, apenas tenha discrição e reconheça seu lugar de fã;

Tietagem é saudável e válida quando o ídolo realmente merece e também respeita seu admirador. Aqueles que não possuem modéstia ou decência perdem cada vez mais espaço no mundo da arte.

Fãs são divertidos e agradáveis quando não são vulgares. Ambos, tanto o fã quanto o ídolo, se divertem nos poucos instantes de convivência;

A pergunta final é: idolatria é saudável para você?

Jorge Sabongi - Direção e Preparação Artística - 2015

Fonte: http://www.khanelkhalili.com.br/direcao2015%20006.htm



Jorge Sabongi é Economista (FACESP-SP 1982) e homem de marketing.

Proprietário da tradicional Khan el Khalili - A Casa da Arte da Dança do Ventre, desde 1982, é também Administrador de Empresas com formação em Hotelaria e Alimentos & Bebidas.

Ministra palestras, "workshops" e cursos por todo o Brasil. O "Curso de Direção e Preparação Artística" tem auxiliado e motivado o desempenho de milhares de talentos por todo o país.

Com experiência de quatro décadas nas relações sociais, promove a sensibilização das emoções para melhor acessibilidade em cena de seus alunos em suas performances.

Em 2010, publicou o livro "Direção e Preparação Artística" que ofereceu novos contextos cênicos para artistas nas mais variadas áreas, principalmente na dança, haja vista o surgimento de novas habilidades, geralmente ligadas às relações humanas.

Sua experiência na área de comunicação é fruto da prática diária e leitura. Possui uma vasta biblioteca, sobre os mais variados temas e disciplinas, para suas pesquisas e elaboração das aulas.

Fonte: https://www.editoraviseu.com.br/pt/autores/649/jorge-sabongi/#:~:text=Jorge%20Sabongi%20é%20Economista%20

(FACESP,cursos%20por%20todo%20o%20Brasil.

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